Outono: Simbologia e celebrações

Outono

Sábado, dia 20 de março de 2021, foi dia do Equinócio de Outono: quando os dias e as noites possuem a mesma duração, dando início ao Outono, no Hemisfério Sul.

 

➡️  A Roda do Ano e os Sabbats

Os povos antigos celebravam as transformações ocorridas na natureza ao longo da Roda do Ano, por meio de festivais. Os Festivais Solares marcavam os solstícios e equinócios em datas determinadas pela entrada do Sol em certos signos astrológicos. Os Festivais de Fogo aconteciam em datas fixas, marcando os pontos intermediários entre os solstícios e os equinócios.

Estas oito celebrações, chamadas Sabbats, constituem os oito raios da Roda do Ano (Figura 1 – os raios são relativos ao hemisfério norte por se esta a sua egrégora de origem).

Figura 1: A Roda do Ano

 

Os “Festivais de Fogo” originaram-se no calendário agrícola, marcando a passagem das estações, o plantio e a celebração das colheitas. A palavra Sabbat tem origem no verbo grego sabatu, que significa “descansar”. Os Sabbats eram datas festivas, celebrando as mudanças da natureza, a alegria das pessoas e a reverência às divindades. No início era apenas A Grande Mãe, a Deusa, mas com o passar do tempo, surgiu a figura de Deus como seu filho e consorte, gerado pela Deusa e, ao se tornar adulto, unindo-se a ela, morrendo e renascendo em um ciclo interminável, tal como o Sol.

A sequencia do relacionamento da Deusa e do Deus é retratada pelos Sabbats. Para os celtas (hemisfério norte), o ano começava em Samhain, quando o Deus descia ao mundo mediterrâneo e se tornava Senhor de tudo que é escuro, oculto e misterioso. A Deusa era a Anciã, a Senhora da Magia, uma figura paradoxal, pois é, ao mesmo tempo, viúva – capaz de compreender o sofrimento humano – mãe – por carregar em seu ventre escuro seu futuro filho, como uma semente de luz.

 

➡️  Equinócio de Outono: Mabon

Para a celebração da entrada do Outono, junto ao Equinócio de Outono, é celebrado Mabon – Festival da Colheita, quando a Deusa é uma Mãe amadurecida e sábia, enquanto o Deus é apena uma presença sutil, percebida nas celebrações das últimas colheitas e nos preparativos para a aproximação da escuridão (o inverno). Já para o hemisfério norte, o Mabon é celebrado dia 21 de setembro (aproximadamente).

Mabon tem orgem do galês de mesmo nome, que representa a colheita dos frutos, a preparação para o inverno e a tristeza pelo fim do verão. É o tempo de armazenar os cereais, frutas e tubérculos para garantir a sobrevivência dos homens e dos animais durante o inverno.

Mabon era a festa celta de “Dar graças”, perpetuada no Thanksgiving Day atual e cristão. Durante os festejos antigos, consumia-se pães fresos, batatas assadas, uvas e nozes e bebia-se a sidra recém-preparada. As pessoas dançavam e cantavam, elegiam o Rei e a Rainha da colheita, agradecendo às divindades pela abundância da terra. Os ancestrais também eram reverenciados, levando-se uma parte das comidas para seus túmulos.

Mabon é uma data propícia para buscar o equilíbrio e, pela introspecção, avaliar tudo que foi “plantado e colhido” no ano que passou como: sucessos e realizações profissionais, relacionamentos, filhos, compras, estudos, viagens, projetos ou práticas espirituais, agradecendo todo os frutos – os doces ou os amargos – provenientes dos aprendizados, sem pedir nada nesta ocasião. O Deus está se preparando para uma morte sacrificial em Samhain, enquanto a Deusa alcança sua maturidade, tornando-se Anciã sábia, mas carregando dentro de si seu aspecto jovem, a Donzela, que se tornará Mãe em Yule (solstício de inverno no hemisfério norte, 21 de dezembro, aproximadamente).

As Deusas associadas a este Sabbat são as “Mães dos Grãos” e as deusas da colheita como Abundita, Athana Lindia, Ariadne, Baubo, Braciaca, Ceres / Deméter, Chicomecoatl, Cerridwen, Chup, Devi, Ereshkigal, Habonde, Fortuna, Freya, Frigga, Gula, Inanna, Ísis, Kwan Yin, Perséfone/Pomona, Prosérpina, Sif, Nerthus, Tellus Mater, Tonan, Zaramama, Zytniamatka.

 

➡️  Altar para Celebrar o Mabon

Os elementos ritualísticos deste Sabbat simbolizam a atmosfera do outono, suas cores, colheitas e as oferendas de gratidão. Prepara-se uma cornucópia ou cesta de vime repleta de frutas, guirlandas de folhagens, sementes e espigas enfeitadas com fitas, cabaças ou vasilhas de barro com cereais e cachos de uva.

 

➡️  O Altar

O altar é enfeitado com folhas, galhos ou imagens de árvores sagradas como carvalho, freixo, álamo, faia, bordo ou teixo, flores de maracujá, calêndulas, crisântemos, margaridas, girassol, pinhas e sementes.

As velas, em tons de amarelo, laranja, vinho e marrom, reproduzem as cores das folhas mortas.

O incenso e o óleo essencial são de sálvia, pinheiro, lavanda, madressilva ou benjoim e as pedras podem ser de ágata, cornalina e jaspe. As pessoas preparam e usam colares de sementes com pedaços secos de maçãs, canela e nozes. Depois inscrevem runas em batatas, que serão posteriormente enterradas para atrair prosperidade.

Em cabaças – furadas e depois fechadas – colocam-se pedrinhas ou cristais, confeccionando-se assim chocalhos, que serão depois decorados com penas e contas coloridas. Também são confeccionados diversos objetos mágicos com folhas, raízes, sementes e lã.

As oferendas de agradecimento pela colheita pessoal são levadas para perto de árvores ou pedras, invocando-se os Seres da Natureza, a Grande Mãe e o Deus Cornífero, Senhores da vida e da morte.

 

Mabon é a celebração de gratidão e não deve ser usada para pedidos ou manipulações mágicas, apenas para agradecimento e oferendas. (FAUR, 2020)

 

Portanto, este Sabbat ou Celebração de Mabon nos convida a Agradecermos aos Frutos Colhidos, desde o Equinócio de Outono anterior, em 2020.

 

➡️  Assim, eu te convido a:

  • Agradeça seus frutos colhidos – doces e amargos;
  • Reflita o porque de algumas sementes germinaram e outras não;
  • Repense sua Vida, Hábitos, Crenças;
  • Avalie o que precisa ser removido, tal qual as folhas secas caídas das árvores – para guardar energia para o que é importante para o inverno;
  • Pratique a conexão com seus Mestres e Guias;
  • Limpe sua Energia Emocional, Física, Mental e Espiritual;
  • Busque equilíbrio;
  • Celebre a natureza;
  • Agradeça estar Viva;
  • E planeje suas ações para esta nova Roda do Ano.

 

 

🌿 Dicas da Bel

Seguem algumas dicas então:

  • Chás de Camomila, Erva Doce, Lavanda, Melissa, Mulungu:
  • Chás que promovem a calma e acolhimento, principalmente a Camomila, que representa o Colo de Mãe Universal;

 

Banho de Ervas para Limpar Mágoas:

  • Para quem perdeu entes queridos, eu recomendo os banhos de ervas de, pois eles ajudam a fazer uma limpeza profunda, sem trazer a tona os sentimentos de dor:
  • Carqueja;
  • Chá Verde;

 

 

Feliz Equinócio, Bem Vindo Mabon.🍂🍁

 

E se você tiver alguma dúvida, pode deixar nos comentários.

Ou se quiser marcar a sua Consulta de Tarô, é só me enviar uma mensagem pelo celular ou e-mail.

 

Abraços e até a próxima,

Isabel Stumpf Mitchell - Tarô Terapêutico, Numerologia, Ervas, Benzimento e Terapias Integrativas.

(51) 99925.0421 | isabel@isabelmitchell.com.br

 


Referências:

  • FAUR, Mirella.Anuário da Grande Mãe. 3º edição. São Paulo, Editora: Alfabeto, 2020.

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